O tema governança corporativa tem sido objeto de muitos estudos e, na esfera acadêmica, esses trabalhos podem ser enquadrados dentro de quatro grandes teorias, conforme explicam James P. Hawley e Andrew P. Williams, no artigo Corporate governance in the United States: the rise of fiduciary capitalism (1996), além de Shann Turnbull no artigo Corporate governance: its scope, concerns and theories (1997, em referência a Hawley e Williams):
Modelo financeiro (simple finance model)
Governança corporativa focaliza a a defesa dos interesses dos sócios da empresa.
Modelo dos stakeholders (stakeholders model)
Governança corporativa focaliza a busca de equilíbrio entre um conjunto de interesses de vários stakeholders da empresa.
Modelo administrativo ou de procuradoria (administrative model)
Governança corporativa focaliza boa administração, em nível da cúpula empresarial.
Modelo político (political model)
Governança corporativa focaliza a reação de públicos corporativos, entre investidores e outros, às mudanças no ambiente institucional, ou seja, nas regras do jogo.
Governança corporativa focaliza a a defesa dos interesses dos sócios da empresa.
Modelo dos stakeholders (stakeholders model)
Governança corporativa focaliza a busca de equilíbrio entre um conjunto de interesses de vários stakeholders da empresa.
Modelo administrativo ou de procuradoria (administrative model)
Governança corporativa focaliza boa administração, em nível da cúpula empresarial.
Modelo político (political model)
Governança corporativa focaliza a reação de públicos corporativos, entre investidores e outros, às mudanças no ambiente institucional, ou seja, nas regras do jogo.
Os quatro modelos acima citados, identificados pelos professores Hawley e Williams para o contexto dos EUA, podem ser estendidos a outros países, já que as pesquisas sobre governança ao redor do mundo são baesadas, em grande medida, nos estudos de pesquisadores com atividades nos EUA.
Adicionalmente, os quatro modelos em questão são faces distintas de um mesmo tema; isto por que governança corporativa é um constructo, ou seja, uma categoria que somente pode ser entendida a partir do estudo de várias linhas de pensamento.
A figura a seguir constitui-se em uma tentativa de representar a governança corporativa, suas principais teorias e seu embasamento na ciência econômica:
Edificação: Governança Corporativa
A
figura anterior se baseia na produção acadêmica de estudiosos como
Ronald Coase, Oliver Williamson, Douglas North, James P. Hawley, Andrew P.
Williams e Shann Turnbull entre muitos outros. Na figura, a governança
corporativa corresponde a uma edificação com bases assentadas na ciência econômica,
especialmente na chamada economia institucional, representada por Coase,
Williamson, North e outros. Na edifícação, cada modelo
corresponde a um portal, que pode ser adentrado para análises e reflexões.
Ao
mesmo tempo, os quatro portais representados na figura acima não são as
únicas formas de análise da edificação representada, que também pode ser analisada sob
outros ângulos ou visões específicas, considerando aspectos como relações de poder, assimetria informacional, aspectos culturais e vários outros da governança corporativa.
Finalizando, ainda que nenhuma representação seja rica o suficiente para representar completamente uma ideia, o esforço de comunicação expresso na figura anterior ajuda a ampliar o entendimento de um tema não trivial como governança corporativa.
Mônica Mansur Brandão
Finalizando, ainda que nenhuma representação seja rica o suficiente para representar completamente uma ideia, o esforço de comunicação expresso na figura anterior ajuda a ampliar o entendimento de um tema não trivial como governança corporativa.
Mônica Mansur Brandão