O Quênia, localizado na África Oriental, tem 581.309 km2 e e uma população da ordem de 44 milhões de habitantes. Seu nome origina-se do Monte Quênia, a segunda montanha mais alta da África. É um país presidencialista, preponderantemente cristão e tem sofrido, historicamente, com a devastação de suas florestas, em função do uso da lenha, insumo energético importante, em função da infraestrutura energética local; especialmente, nos meses de frio.
Nascida
no Quênia, a médica Wangari Maathai nasceu em 1940 e faleceu em 2011, aos 71
anos. Filha de fazendeiros, graduou-se em biologia no Mount Saint Scholastica College,
em Atchison, Kansas (1964). Fez mestrado nos EUA, na University of Pittsburg
(1966). Retornando à África, coordenou um departamento da Universidade de
Nairóbi. Dirigiu a Faculdade de Medicina Veterinária, sendo a primeira mulher
da África Central a obter um título de PhD na University of Nairobi (1971). Sua
formação abrangeu, ainda, estudos na Alemanha.
A
senhora Maathai serviu ao National Council of Women of Kenya (1976-1987), tendo
atuado como presidente do conselho (1981-1987). Em 2002, tornou-se ministra de
governo do Quênia. Em 2004, foi a primeira mulher africana a ganhar o Prêmio
Nobel da Paz. Em 2006, ela foi agraciada pela França com a Legião de Honra, a
mais elevada do País.
Em
1977, Wangari Maathai criou o Movimento
Cinturão Verde (Green Belt Movement -
www.greenbeltmovement.org), com quatro objetivos básicos:
1) fortalecer e expandir-se no Quênia;
2) compartilhar seu programa com outros países da África e além desse continente;
3) conferir poder aos africanos e, especialmente, a mulheres e meninas, fomentando sua liderança e habilidades empresariais; e,
4) defender, em âmbito internacional, o meio ambiente, a boa governança, a equidade e a paz.
O Movimento Cinturão Verde, ao efetivar o plantio de milhões de mudas de árvores no Quênia e em países adjacentes, mudou a rota de destruição ambiental nas áreas de sua abrangência, gerando, ao mesmo tempo, trabalho, renda e dignidade para famílias muito pobres. Em seu site, o Movimento informa ter plantado 51 milhões de árvores no Quênia (referência: data deste artigo) e permanece ativo, após o falecimento de sua principal liderança.
1) fortalecer e expandir-se no Quênia;
2) compartilhar seu programa com outros países da África e além desse continente;
3) conferir poder aos africanos e, especialmente, a mulheres e meninas, fomentando sua liderança e habilidades empresariais; e,
4) defender, em âmbito internacional, o meio ambiente, a boa governança, a equidade e a paz.
O Movimento Cinturão Verde, ao efetivar o plantio de milhões de mudas de árvores no Quênia e em países adjacentes, mudou a rota de destruição ambiental nas áreas de sua abrangência, gerando, ao mesmo tempo, trabalho, renda e dignidade para famílias muito pobres. Em seu site, o Movimento informa ter plantado 51 milhões de árvores no Quênia (referência: data deste artigo) e permanece ativo, após o falecimento de sua principal liderança.
A senhora
Maathai nem sempre foi unanimidade; pouco após ganhar o Prêmio Nobel, ela foi criticada
na questão do vírus HIV, ao comentar que esse seria um produto de
bioengenharia, disseminado na África por cientistas não identificados, para fins de destruição
em massa. Com a controvérsia gerada
por suas palavras, ela optou por dizer que não conhecia a origem do vírus e não
mais se posicionar sobre o assunto.
Qual é
o legado da médica Wangari Maathai? Seu trabalho em frentes como o Green Belt Movement (Movimento Cinturão Verde), no Quênia e em
países vizinhos, por meio do plantio de milhões de árvores, não somente
cooperou com o meio ambiente em grande escala, como também ajudou muitas
famílias de baixa renda, agregando-lhes renda e cidadania. Além disso, ela
deixou vários livros escritos, os quais também integram seu legado, citando-se
neste artigo Wangari Maathai: A Mulher que Plantou Milhões de Árvores e Plantando as Árvores do Quênia: A História
de Wangari Maathai. Finalizando,
ela legou à governança e à administração um exemplo de estabelecimento e busca de
objetivos.
Artigo derivado daquele publicado originalmente na Revista RI - Relações com Investidors, na edição 143, publicada em mai/2010.