Índices
de ações são medidores do retorno econômico de determinados conjuntos de
ações, também nominados como carteiras, portfólios ou cestas. Cada
carteira se compõe de ações de empresas com características similares, tais
como: número de negócios realizados, volume financeiro negociado,
características de governança corporativa, responsabilidade social e setor em
que a empresa opera e outras.
No
Brasil, o índice de ações mais famoso é o Índice Bovespa ou Ibovespa, publicado
desde 2 de janeiro de 1968. O Ibovespa não abrange as ações de todas as
empresas negociadas na BM&FBovespa, sendo calculado para uma carteira bem
menor de ações, mas significativa no que concerne à movimentação do mercado e
às preferências dos investidores em ações. Quando a mídia informa: “o Ibovespa
subiu X%” ou “o Ibovespa registrou queda de Y%”, isso não significa que todas
as ações da Bolsa de Valores se valorizaram ou se desvalorizaram, mas aquelas
integrantes do Ibovespa.
Se um índice de ações alcança X mil pontos, isso significa que alguém que tenha investido $ 1 no primeiro dia de negociação do índice, terá hoje $ X mil em seu patrimônio, desde que essa pessoa tenha reinvestido todos os dividendos recebidos ao longo do tempo na referida carteira. O exemplo a seguir ilustra essa consideração. Assim, se o Ibovespa alcança, hipoteticamente, 50 mil pontos, o raciocínio é o seguinte: um investidor que tivesse investido $ 1 na carteira do Ibovespa no momento zero de operação do índice (2/1/1968), reinvestindo todos os proventos aos quais teria direito ao longo do tempo nessa cesta, entre dividendos e outros, hoje teria $ 50.000. O cálculo considera efeitos de planos econômicos.
Além do Ibovespa, existem outros índices importantes na BM&FBovespa, destacando-se:
1) Índice Brasil 50 (IBrX-50) – mede o retorno de uma
carteira teórica composta por 50 ações entre as mais negociadas da Bolsa de
Valores;
2) Índice Brasil 100
(IBrX-100) –
mede o retorno de uma carteira teórica composta por 100 ações selecionadas
entre as mais negociadas da Bolsa;
3) Índice Brasil Amplo (IBrA) – mede o retorno de uma
carteira com todas as empresas listadas na Bolsa, desde que essas atendam a
critérios estabelecidos de inclusão;
4) Índice de Sustentabilidade
Empresarial (ISE) –
mede o desempenho de ações de empresas que atendem critérios de
sustentabilidade econômica, social e ambiental;
5) Índice Carbono Eficiente
(ICO2) –
mede o desempenho de ações da carteira do IBrX-50 que aceitaram participar da
iniciativa, adotando práticas transparentes em relação às suas emissões de
gases de efeito estufa (GEE);
6) Índice BM&FBovespa de
Energia Elétrica (IEE) –
mede o desempenho das ações das empresas do setor de energia elétrica;
7) Índice BM&FBovespa
Financeiro (IFNC) –
mede o desempenho das ações empresas que operam com intermediação financeira,
serviços financeiros diversos, previdência e seguros.
Carteiras
de ações de investidores podem ter uma composição substancialmente distinta
daquelas que servem para calcular os vários índices da Bolsa de Valores,
lembrando que escolher boas ações para uma carteira é um dos mais importantes
desafios do trabalho de gestores de investimentos.