Uma empresa holding é uma organização empresarial que
abriga outras empresas, com objetivos que fazem sentido para aqueles que a
criaram.
Quais motivos podem ensejar a criação de uma holding? Neste artigo, resumimos a resposta em dois grupos de motivos:
Ligados a pessoas e famíliasQuais motivos podem ensejar a criação de uma holding? Neste artigo, resumimos a resposta em dois grupos de motivos:
Pessoas
físicas podem abrigar seus ativos em holdings por entenderem que isso é
mais conveniente sob o prisma de sua segurança pessoal e gestão patrimonial.
Ligados à administração de negócios
Sob o
prisma administrativo, o qual também pode interessar a pessoas e famílias, as holdings
ampliam a visão sistêmica dos negócios, criam sinergias entre os mesmos, favorecem
a mitigação corporativa de riscos, prestam serviços às subsidiárias de um grupo
empresarial e muito mais.
Uma
informação importante sobre as holdings é que elas existem sob
diferentes tipologias, podendo ser criadas por pessoas, famílias ou empresas, ser
de participações (sem atividade operacional) ou operacionais, ter capital
aberto ou fechado, e ainda, formato estelar (a holding é controlada por
várias holdings e controla, por sua
vez, outras holdings) ou piramidal (a
holding A controla a holding B
que controla a holding C, em cadeia).
Adicionalmente,
são funções típicas de holdings (em ordem alfabética): aquisição de ativos,
auditoria, comunicação social, conselho de administração e seus comitês e
conselho fiscal, controladoria em âmbito nacional e internacional (subsidárias
em países estrangeiros), finanças corporativas, jurídico, logística, suprimentos,
meio ambiente, planejamento e gestão da estratégia, recursos humanos, relações com
investidores, tecnologia geral e tecnologia de informação entre outras.
Consideremos uma empresa holding criada
visando a administração de um conjunto de negócios. Como ela pode ajudar a
criar valor econômico? Exploramos essa questão
em termos simples, na linha adotada pelos professores Roberto Kaplan e David
Norton em seu livro Alignment (2006):
ela precisa criar sinergias.
Para
compreender o dito acima, acompanhemos o raciocínio seguinte, para uma Holding H que abriga três empresas, E1,
E2 E E3:
Esta é,
portanto, a chave da gestão da estratégia de uma holding ou estratégia
corporativa: criar sinergias e, portanto, valor econômico. Notemos que a
existência da Holding H, mesmo tendo imposto uma despesa aos sócios, mais do que compensou a despesa criada. Por
quê? Porque esta Holding trabalhou
bem e criou sinergias entre as empresas E1, E2 e E3.
Existem
inúmeras alternativas que favorecem a criação de sinergias entre empresas:
administração otimizada de participações em todas as suas etapas, busca de
acesso comum a fontes de financiamento de baixo custo, compartilhamento de processos e recursos operacionais,
gestão superior de pessoas e de conhecimento são exemplos que não esgotam o rol
de possibilidades.
Infelizmente,
para seus criadores, as holdings
podem sofrer uma desvalorização nos mercados acionários: o preço de suas ações
pode ser inferior ao valor total das ações de empresas sob elas abrigadas, conforme
atestam exemplos do mundo real. Assim, ressaltamos aqui o papel das áreas de relações com investidores das holdings
com ações em Bolsa de Valores: elas têm o desafio de demonstrar aos
investidores como a holding cria maior valor do que a despesa que impõe
pelo fato de existir.
Mônica Mansur Brandão
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COMENTÁRIO
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Um bom exercício para alunos é procurar entender o desenho de grandes grupos empresariais, com base em diagramas disponibilizados pelos mesmos na internet, especialmente em sites de Relações com Investidores. (23/11/2022)