Os recursos financeiros aplicados por empresas em seus
negócios e projetos são de duas naturezas, abaixo discriminadas:
1.
Capital de terceiros
Corresponde aos recursos obtidos junto
a terceiros, abrangendo empréstimos em instituições financeiras (obtidos no
mercado bancário) e recursos captados por meio da venda de títulos de dívida
(obtidos no mercado de capitais). Entre os títulos citados, mencionam-se as
debêntures e vários outros.
Corresponde aos recursos aportados
pelos sócios de um negócio, no momento de sua criação ou ao longo de sua vida. Em
geral, são egressos das próprias operações da empresa, a menos dos momentos de
aporte de capital de sócios na empresa, que não são corriqueiros.
A composição entre estas duas fontes constitui a chamada estrutura
de capital.
Os capitais de terceiros e próprio têm custos, que devem ser estimados. As operações da empresa precisam gerar um retorno econômico igual ou superior ao custo médio que resulta desses custos: o custo médio ponderado de capital (weighted average cost of capital ou WACC), a fim de que os sócios sejam compensados; alguns sócios somente aceitam retornos superiores aos custos citados. Assim, reduzir os custos de capital de terceiros, próprio e médio entre ambos é altamente desejável.
Com respeito ao custo de capital de terceiros, este pode ser estimado considerando os recursos a serem captados pela empresa nos mercados bancário e de capitais. Empresas com boas práticas de governança corporativa e gestão tendem a ter um custo de capital de terceiros menor.
Já com respeito ao custo de capital de próprio, para empresas com ações em bolsa de valores, este é estimado, de modo geral, por meio do Capital Asset Pricing Model (CAPM) ou Modelo de Precificação de Ativos Financeiros. Nesse modelo, o custo de capital próprio é a soma entre a taxa de juros da aplicação menos arriscada do mercado financeiro (idealmente, com risco nulo, isto é livre de risco) e um prêmio de mercado ao qual investidores fazem jus, acima da taxa livre de risco, por investirem em ações da empresa.
Os conceitos acima apresentados podem ser compreendidos para uma companhia exemplo com as seguintes informações:
Custo de capital de terceiros: 6,0 % ao ano brutos, correspondentes a 4,0% ao ano líquidos de impostos, com base no exame de recursos que podem ser captados pela empresa nos mercados bancário e de capitais (6,0 x (1-34%) = 4,0% ao ano. sendo 34% a alíquota total de tributos sobre a renda no exemplo).
Estrutura de capital pretendida pela empresa: 30%/70%, isto é, para cada $ 100 investidos, $ 70 correspondem a capital de terceiros e $ 30 a capital próprio.
Custo de capital próprio: soma da taxa de juro livre de risco de 3,0% ao ano e do prêmio de mercado de 6,0% ao ano, isto é, 9,0% ao ano. Esses valores são estimados com base em critérios específicos usados por especialistas em finanças.
Custo médio ponderado de capital (WACC): corresponde a média ponderada entre os capitais de terceiros e próprios, isto é, 70% x 4,0% + 30% x 9,0%, totalizando 5,50 % ao ano. O WACC é a taxa de desconto usada para estimar o valor econômico da empresa.
Conforme se verifica, o custo de capital de terceiros, inferior ao custo de capital próprio, aportado no exemplo em maior quantidade do que o capital próprio, reduz o custo médio ponderado de capital.
Os capitais de terceiros e próprio têm custos, que devem ser estimados. As operações da empresa precisam gerar um retorno econômico igual ou superior ao custo médio que resulta desses custos: o custo médio ponderado de capital (weighted average cost of capital ou WACC), a fim de que os sócios sejam compensados; alguns sócios somente aceitam retornos superiores aos custos citados. Assim, reduzir os custos de capital de terceiros, próprio e médio entre ambos é altamente desejável.
Com respeito ao custo de capital de terceiros, este pode ser estimado considerando os recursos a serem captados pela empresa nos mercados bancário e de capitais. Empresas com boas práticas de governança corporativa e gestão tendem a ter um custo de capital de terceiros menor.
Já com respeito ao custo de capital de próprio, para empresas com ações em bolsa de valores, este é estimado, de modo geral, por meio do Capital Asset Pricing Model (CAPM) ou Modelo de Precificação de Ativos Financeiros. Nesse modelo, o custo de capital próprio é a soma entre a taxa de juros da aplicação menos arriscada do mercado financeiro (idealmente, com risco nulo, isto é livre de risco) e um prêmio de mercado ao qual investidores fazem jus, acima da taxa livre de risco, por investirem em ações da empresa.
Os conceitos acima apresentados podem ser compreendidos para uma companhia exemplo com as seguintes informações:
Custo de capital de terceiros: 6,0 % ao ano brutos, correspondentes a 4,0% ao ano líquidos de impostos, com base no exame de recursos que podem ser captados pela empresa nos mercados bancário e de capitais (6,0 x (1-34%) = 4,0% ao ano. sendo 34% a alíquota total de tributos sobre a renda no exemplo).
Estrutura de capital pretendida pela empresa: 30%/70%, isto é, para cada $ 100 investidos, $ 70 correspondem a capital de terceiros e $ 30 a capital próprio.
Custo de capital próprio: soma da taxa de juro livre de risco de 3,0% ao ano e do prêmio de mercado de 6,0% ao ano, isto é, 9,0% ao ano. Esses valores são estimados com base em critérios específicos usados por especialistas em finanças.
Custo médio ponderado de capital (WACC): corresponde a média ponderada entre os capitais de terceiros e próprios, isto é, 70% x 4,0% + 30% x 9,0%, totalizando 5,50 % ao ano. O WACC é a taxa de desconto usada para estimar o valor econômico da empresa.
Conforme se verifica, o custo de capital de terceiros, inferior ao custo de capital próprio, aportado no exemplo em maior quantidade do que o capital próprio, reduz o custo médio ponderado de capital.