O filme 12 Angry Man (12 Homens e uma Sentença, no Brasil) se desenvolve dentro de uma sala de júri e tem a ver com decisões colegiadas, isto é, tomadas conjuntamente por um grupo de pessoas. No filme, 12 jurados têm o dever de deliberar se um jovem porto-riquenho, acusado de assassinar seu pai a facadas, é realmente culpado pelo terrível crime.
A condenação somente é possível se houver unanimidade entre os jurados e não cabe recurso à decisão. Concentrados em uma sala (o filme se passa dentro do recinto), o júri precisa chegar à decisão. Entre os 12 jurados, 11 não querem discutir o assunto, estando convencidos de que o jovem é culpado, mas um jurado não está convencido.
Estimulado pelo jurado indeciso, mas disposto a discutir o caso, os demais jurados começam a participar das discussões, envolvendo-se com a questão a ser entendida e, paulatinamente, um após o outro, começam a perceber as fragilidades do processo, caracterizado por graves lacunas.
Este filme teve duas versões, uma em 1957 com Henry Fonda no papel do jurado indeciso, e outra de 1997 (40 anos após), com Jack Palance no mesmo papel. A primeira versão teve três indicações ao Oscar (filme, roteiro adaptado e diretor), vencendo o Urso de Ouro em Berlim no ano seguinte. A segunda teve a participação de negros no júri e maior complexidade nos problemas pessoais dos jurados.
Ambas as versões são recomendadas, apresentando personagens interessantes, com fragilidades e preconceitos que vão sendo expostos ao longo do filme. Sob o prisma da governança corporativa, 12 Angry Man é um filme muito interessante para conselheiros de administração, conselheiros fiscais e diretores executivos, sobre tomar decisões de forma colegiada.