Os posts O que são capital próprio e capital de terceiros? e O que é custo médio ponderado de capital? antecipam, em certa medida, a
resposta à pergunta do título do presente post.
A redução do custo médio ponderado de capital (WACC – Weighted Average Cost of Capital) pode ser buscada de três formas:
1) Reduzindo o custo de capital de
terceiros
A redução do custo de capital de
terceiros pode ser alcançada por meio de boas políticas e práticas de
governança corporativa, bem como da boa gestão dos negócios em frentes como estratégia, processos e pessoas entre outras. Aderir a níveis de governança corporativa mais elevados no âmbito da bolsa de valores pode fazer diferença no custo de capital de terceiros e para melhor.
2)
Reduzindo o custo de capital próprio
Para entender a lógica de redução do
custo de capital próprio, é preciso considerar à estimativa do custo de capital
próprio, feita por meio do Capital Asset
Pricing Model (CAPM) ou Modelo de Precificação de Ativos Financeiros,
citado no post O que são capital próprio e capital de terceiros?. Segundo o CAPM:
Ke = Rf + Rm sendo
Ke = Rf + Rm sendo
Ke = Custo de capital próprio.
Rf = Taxa de juro da aplicação menos
arriscada do mercado financeiro (idealmente, com risco nulo, isto é, livre
de risco ou risk free, de onde emerge a letra f).
Rm = Prêmio de mercado, ao qual
investidores do mercado de capitais fazem jus, acima da taxa livre de risco,
por investirem em ações da empresa.
O valor de Rm é diretamente proporcional a um coeficiente denominado beta, amplamente conhecido pelos especialistas em finanças corporativas e dos mercados financeiros e de capitais. Neste post, não se contempla o cálculo do beta, mas apresentam-se alguns fatores que podem contribuir para reduzi-lo.
De acordo com o professor de finanças Aswath Damodaran, no livro Applied corporate finance (1999), o beta pode ser impactado por três fatores:
- Nível de endividamento da empresa, ou seja, o peso do capital de terceiros na estrutura de capital.
- Relação entre os custos fixos e os custos totais (fixos + variáveis) da empresa.
- Sensibilidade da receita da empresa aos ciclos econômicos.
Quanto menores forem essas três variáveis, menor será o beta e, portanto, menor será o prêmio de mercado Rm. A redução do custo de capital próprio é mais complexa do que a redução do custo de capital de terceiros, mas os três itens citados pelo professor Damodaran sugerem à administração das empresas alguns caminhos para buscar tal redução.
O valor de Rm é diretamente proporcional a um coeficiente denominado beta, amplamente conhecido pelos especialistas em finanças corporativas e dos mercados financeiros e de capitais. Neste post, não se contempla o cálculo do beta, mas apresentam-se alguns fatores que podem contribuir para reduzi-lo.
De acordo com o professor de finanças Aswath Damodaran, no livro Applied corporate finance (1999), o beta pode ser impactado por três fatores:
- Nível de endividamento da empresa, ou seja, o peso do capital de terceiros na estrutura de capital.
- Relação entre os custos fixos e os custos totais (fixos + variáveis) da empresa.
- Sensibilidade da receita da empresa aos ciclos econômicos.
Quanto menores forem essas três variáveis, menor será o beta e, portanto, menor será o prêmio de mercado Rm. A redução do custo de capital próprio é mais complexa do que a redução do custo de capital de terceiros, mas os três itens citados pelo professor Damodaran sugerem à administração das empresas alguns caminhos para buscar tal redução.
3)
Aumentando o peso do capital de
terceiros (com prudência)
Ter mais capital de terceiros na estrutura de capital pode ser benéfico, mas é preciso prudência. Esta decisão aumenta o custo de capital próprio Ke da empresa, por aumentar o seu beta (conforme visto acima). Mas o mais relevante é que aumentar o peso do capital de terceiros pode aumentar o próprio custo de capital de
terceiros Kd, já que a empresa ficará mais endividada, podendo ser percebida como mais arriscada por emprestadores de recursos. Nesse caso, o efeito final será desfavorável à empresa.
Finalizando, a gestão dos custos de capital de terceiros,
próprio e médio ponderado de capital pelas empresas não é algo trivial, sendo um dos principais desafios de finanças corporativas.