sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Em foco: o que é arquitetura organizacional?


O conceito de arquitetura organizacional resulta das escolas de pensamento organizacional – por vezes tratadas como teorias da organização – e seus pressupostos, quais sejam:



A expressão arquitetura organizacional é egressa de universidades dos EUA e resulta dos estudos e pesquisas focalizados em construir organizações com melhor desempenho. O tema vem sendo tratado de forma mais abrangente por autores como Jay R. Galbraith, Amy Kates, David A. Nadler e Michael L. Tushman entre outros, que avançaram no estudo de organizações melhor organizadas ou desenhadas.

A definição de arquitetura organizacional, de forma mais estruturada, é dada pelo professor Galbraith em suas obras, especialmente no livro Designing Organizations – an executive guide to strategy, structure and process (1995, 2002). O autor considera a arquitetura organizacional como sendo o desenho ou projeto da organização. Assim como edificações, aviões e computadores têm seus projetos, as organizações também os têm, segundo o autor, que identifica cinco dimensões básicas da arquitetura organizacional:


Maria Aparecida Cida Hess Loures Paranhos e Mônica Mansur Brandão, no livro Orquestra Societária – a origem(2018) e em artigos publicados na Revista RI – Relações com Investidores, identificam o modelo de gestão como sendo o 6º elemento da arquitetura organizacional, o qual orienta os cinco vértices da estrela de Galbraith em aspectos gerais e específicos de cada vértice. Elas propõem o conceito de Modelo de Gestão Sustentável (MGS), associado à construção de uma organização empresarial – a Orquestra Societária ou Corporativa – cujo sucesso precisa ir além de alcançar resultados financeiros, incluindo alinhar públicos relevantes (sócios, alta administração e os demais) e administrar os riscos organizacionais.

Por fim, no caso de companhias com ações em bolsas de valores, frequentemente as grandes linhas dos cinco vértices da estrela de Galbraith são explicadas aos agentes dos mercados de capitais e no Brasil, em especial, pelas áreas de relações com investidores – RI. Isto se dá, principalmente, por meio dos sites dessas empresas e de encontros e outras interações entre públicos corporativos, investidores e profissionais de investimento. Quando se analisam as boas políticas e práticas de governança corporativa, está-se esclarecendo aspectos importantes da arquitetura organizacional para os agentes dos mercados.