No dia 7 de fevereiro, quinta-feira, o Conselho Deliberativo do ISE (CISE), Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores (B3) decidiu que as ações da empresa Vale S/A, a partir do dia 12 de fevereiro, não mais integrarão a carteira desse índice. Os graves impactos do desastre ambiental ocorrido em Brumadinho (MG) foram o mote para a decisão do CISE.
Em comunicado, a B3 afirma que a decisão do CISE não deve ser considerada como pré-julgamento das responsabilidades da Vale, decorrendo do Regulamento do ISE e de sua metodologia, a qual estabelece que serão excluídas de sua carteira as empresas cujo desempenho quanto à sustentabilidade seja significativamente afetado por acontecimento ocorrido durante a vigência da carteira. O comunicado da B3 é mostrado abaixo:
No dia 25 de janeiro, sexta-feira, a barragem do Córrego do Feijão, da Vale, se rompeu em Brumadinho (MG), criando um mar de lama que destruiu diversas edificações, matando e fazendo desaparecer mais de 300 pessoas, incluindo empregados a serviço da Vale, e comprometendo seriamente a vida no Rio Paraopeba entre outras consequências. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi criada pelo Senado, no dia 12/2, para entender as causas do ocorrido e fazer recomendações.
Em 2015, uma empresa controlada pela Vale e pela BHP, a Samarco, também teve uma barragem rompida no município de Mariana, quando toneladas de lama mataram 19 pessoas e contaminaram fortemente o Rio Doce e vários de seus afluentes entre outros impactos. A lama chegou até o Oceano Atlântico, no litoral do Espírito Santo.
Fonte: B3
Fonte: B3