Fonte: Agência Brasil |
Há exatamente dois meses, no dia 25 de janeiro, uma sexta-feira, ocorreu o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), que produziu uma avalanche mortal de lama. A onda de resíduos da mineradora Vale, proprietária da barragem, deixou mais de trezentos mortos e desaparecidos, devastando terras e contaminando fortemente o Rio Paraopeba.
Até o dia de hoje, registram-se 212 mortos e 93 pessoas desaparecidas,
segundo a Defesa Civil de Minas Gerais. O Corpo de Bombeiros, que tem tido uma
atuação heroica nos trabalhos de resgate de pessoas e corpos, segue trabalhando
nas áreas atingidas, buscando encontrar outros corpos. Seu trabalho tem sido
excepcional.
De acordo com a Fundação SOS Mata Atlântica, as águas do Rio Paraopeba
estão altamente contaminadas com resíduos minerais egressos da barragem rompida
e a poluição alcançou o Rio São Francisco. Segundo a Fundação, o Reservatório
de Retiro Baixo tem segurado a maior parte dos rejeitos do Rio Paraopeba, mas metais
contaminantes mais finos ultrapassaram o Reservatório e atingiram o Rio
São Francisco.
Uma estrutura para o pagamento de indenizações de emergência começou a operar, com base em acordo estabelecido entre os Ministérios Públicos Federal e Estadual, as Defensorias Públicas da União e Estadual, as Advocacias-Gerais da União e do Estado e a Vale. Pelo acordo, todos os moradores de Brumadinho (MG), bem como as pessoas residentes a um quilômetro do leito do Rio Paraopeba serão indenizados.
Por fim, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi criada para investigar as causas do rompimento da barragem do Córrego do Feijão e iniciará suas atividades nesta semana. Serão ouvidos integrantes do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e das Polícias Federal e Cívil. A CPI também pretende acompanhar a reparação de danos aos atingidos.
Fonte: G1 e outros veículos de mídia
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