A Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) criada por senadores para apurar as causas do rompimento da
barragem na Mina Córrego do Feijão, da Vale S/A, em Brumadinho (MG), além da segurança
de outras barragens sob risco, foi criada no dia 12 de fevereiro e efetivamente instalada em
13 de março. É composta por 10 integrantes titulares e 7 suplentes. A presidente da CPI é a senadora Rose de Freitas.
No dia 3 de abril, a CPI ouviu
o depoimento do gerente da Vale, Alexandre Campanha, o qual negou ter
pressionado empregados da Tuv Sud, empresa que atestou a estabilidade da
barragem rompida. Em depoimento inicial à força tarefa que investiga o ocorrido
em Brumadinho, Makoto Namba, engenheiro da empresa, declarou ter sido pressionado
a assinar o laudo que atesta a estabilidade da barragem rompida. Convocados, Namba
e André Yassuda, também engenheiro, ficaram em silêncio perante a CPI, o que
foi autorizado pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além
de Alexandre Campanha, a CPI ouviu o depoimento da engenheira Ana Lúcia Moreira
Yoda, da Tractebel Engineering, a empresa que inspecionou a barragem na Mina Córrego do Feijão antes da Tuv Sud. Segundo Ana Lúcia, as
inspeções por ela feitas não indicaram instabilidade na barragem e é muito
difícil saber o que houve, com os elementos de que ela dispõe.
No
próximo dia 9 de abril, a CPI ouvirá dois empregados da Vale, Renzo Albieri
Guimarães Carvalho e Cristina Heloiza da Silva Malheiros, ambos da Gerência de
Geotecnia da Vale. Eles são citados em depoimentos de pessoas, respectivamente,
ao Poder Judiciário e ao Ministério Público. A gestão da barragem seria
responsabilidade de Renzo, e seu monitoramento, de Cristina.
A CPI também
votará dois requerimentos. O primeiro diz respeito à quebra de sigilo bancário
e telefônico de Makoto Namba, que ficou em silêncio perante a CPI. O segundo
requerimento diz respeito à indisponibilidade dos bens da Vale e dos dirigentes
Fábio Schvartsman, Gerd Poppinga, Lúcio Cavalli e Silmar Silva, com o propósito
de preservar valores para indenizações às famílias das vítimas.
Veja os trabalhos recentes da CPI na TV Senado / Brumadinho.
Fontes: Agência Brasil, Folha de São Paulo, Estado de Minas e outros veículos
Veja os trabalhos recentes da CPI na TV Senado / Brumadinho.
Fontes: Agência Brasil, Folha de São Paulo, Estado de Minas e outros veículos