Um estudo
das Nações Unidas, o mais abrangente produzido sobre ameaças à biodiversidade
no mundo, chegou a uma conclusão altamente preocupante ou mesmo sombria para a
humanidade: aproximadamente um milhão de espécies vegetais e animais da Terra podem
desaparecer nos próximos anos. Um sumário do estudo foi divulgado em Paris e
foi aprovado por representantes de 132 países, incluindo os EUA.
As
razões dessa grande ameaça são várias: queima de florestas para abrir áreas
para a agricultura, exploração da madeira, caça, pesca, poluição das águas e do
solo, transporte de espécies invasivas entre distintas partes do Planeta e várias
outras. A mudança do clima agrava o risco, por alterar os ambientes nos quais
muitas espécies animais se desenvolveram.
As
consequências da extinção de espécies vegetais e animais podem ser várias. A produtividade
agrícola está prejudicada em 23% do Planeta. A quantidade de abelhas selvagens
e outros insetos que polinizam frutas e legumes se reduziu, ameaçando safras. Manguezais
e recifes de coral em litorais podem colocar em risco de inundação até 300
milhões de pessoas.
A
devastação da natureza é tão intensa que se torna fundamental introduzir a
biodiversidade em decisões sobre comércio e infraestrutura, bem como incluir
saúde e direitos humanos no processo decisório, social e econômico. A grande
ameaça exige dos governos dos países um grande esforço para deter a
possibilidade concreta apontada pelo estudo da ONU.
O
Brasil tem um papel especial neste contexto, por ter a maior biodiversidade da
Terra e sua maior floresta tropical. O País tem, ainda, uma grande produção agrícola.
O
estudo completo tem estimadas 1.500 páginas, baseia-se em milhares de estudos científicos
e deverá ser divulgado até o final de 2019.
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