@Fernanda Lingabue / Greenpeace |
Nos dias
14 e 16 de maio, a CPI do Senado, que investiga o rompimento da barragem do
Córrego de Feijão, em Brumadinho, ouviu funcionários da Vale S/A, proprietária
da barragem rompida. No dia 16, foi ouvido o gerente operacional do complexo da
Vale, Rodrigo Melo, o qual afirmou desconhecer as causas do rompimento da
barragem.
A CPI
interrompeu os depoimentos que seriam dados no dia 21 de maio. A senadora Rose
de Freitas (Pode-ES), presidente da Comissão, alegou falta de colaboração dos
depoentes na CPI do Senado. Em matéria sobre as dificuldades da CPI, o jornal Folha de São Paulo apontou estas e outras dificuldades.
No dia
23, entretanto, a CPI se reuniu para ouvir três convocados: o engenheiro
Arsênio Negro Júnior, auditor da Tuv Sud, consultoria de origem alemã que
certificou a segurança da barragem rompida, o geólogo César Augusto Paulino Grandchamp
e o engenheiro Felipe Figueiredo Rosa, executivo da área de Recursos Hídricos
da Vale.
Grandchamp
negou conhecer o risco de rompimento da barragem de Córrego do Feijão. Rocha
afirmou ter sido feita uma apresentação para a Vale sobre os riscos de barragens,
na qual a barragem rompida foi citada. Quanto ao empregado da Tuv Sud, este ficou
em silêncio, amparado por habeas corpus.
Mantendo a postura de outros convocados da Consultoria em trabalhos anteriores
da CPI.
O
silêncio do representante da Tuv Sud irritou senadores. A senadora Juíza Selma
(PSL-MT) fez várias perguntas ao mesmo, todas ignoradas. Ela questionou se a
Vale estaria pagando o engenheiro pelo seu silêncio e ele negou; o senador
Jorge Kajuru também fez questionamento nesse sentido.
No
presente momento, de acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, o rompimento da
barragem de Brumadinho tem confirmados 236 mortos e 34 desaparecidos,
totalizando potenciais 270 vítimas.
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