Reuters / Foto de Adriano Machado |
O rompimento da barragem da
mina de Córrego do Feijão, ocorrido em 25 de janeiro deste ano, deixou,
até o momento, o saldo de 232 óbitos e 40 desaparecidos, de acordo com a Defesa
Civil de Minas Gerais, o que totaliza o potencial de 272 mortes. Os números têm
se alterado ao longo do tempo, conforme avançam os trabalhos de resgate dos
bombeiros nas áreas afetadas.
Brumadinho impacta resultados da Vale no primeiro tri
Foram publicados os primeiros resultados
financeiros da Vale S/A para o mercado. O custo de Brumadinho contabilizado
pela Companhia é da ordem de R$ 19 bilhões, abrangendo provisões de R$ 9,3 para
indenizar vítimas e de R$ 7,1 bilhões para desativar barragens conforme a de
Brumadinho, bem como gastos R$ 2,5 bilhões nas áreas
atingidas e com perdas diversas, incluindo sanções e multas.
Em função do ocorrido, a Vale fechou o primeiro
trimestre de 2019 com prejuízo de R$ 6,4 bilhões e geração de caixa medida pelo
Lajida negativa em R$ 2,8 bilhões. É a primeira vez em sua história de 77 anos que
a Companhia registra Lajida (lucro antes juros, impostos, depreciação e
amortização) negativo. Além disso, em função de bloqueios judiciais de seu
caixa com a tragédia de Brumadinho, a Empresa elevou sua dívida líquida em 19,9%,
a qual alcançou US$ 12,031 bilhões.
Em consequência do
rompimento da barragem de Brumadinho, as produções de minério de ferro e de
pelotas da Mineradora caíram. Foram suspensas as operações na mina de Córrego
do Feição, local da tragédia; além disso, houve restrições em outras
operações da Companhia em Minas Gerais, com destaque para a mina de Brucutu, a maior da Vale no Estado e a qual responde por 9% da produção da Empresa no País.
Presidente da Vale promete: ela será a mais segura do
mundo
Diante das perdas estimadas
de R$ 19 bilhões com o rompimento da barragem de Brumadinho, a Vale prometeu
aos investidores, no dia 10 de maio, mudança em sua estratégia para maior
segurança de suas atividades.
Segundo o novo presidente, Eduardo Bartolomeo, em teleconferência com profissionais do mercado de
capitais, o caso Brumadinho nunca será esquecido e seu legado será transformar
a Companhia na mais segura e confiável mineradora do mundo.
Vale pretende processar a consultoria Tuv Sud
A Vale deverá processar a
empresa de consultoria Tuv Suv, a qual emitiu atestado certificando a segurança
da barragem da mina de Córrego do Feijão, que se rompeu em 25 de janeiro,
matando e fazendo desaparecer pessoas e produzindo grande devastação ambiental.
No final de janeiro, pouco após
a tragédia, dois engenheiros da Tuv Sud e três empregados da Vale foram presos,
os quais foram liberados posteriormente pela Justiça. Um dos engenheiros da consultoria,
Makoto Namba, teria dito às autoridades que foi pressionado a emitir o atestado,
a fim de não perder o contrato com a Vale. Em suas participações nas CPI's do Senado e da Almg, os engenheiros da consultoria têm se mantido calados.
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