A Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras) foi criada pela Lei 2004/1953 (3/10/1953), promulgada pelo presidente Getúlio Vargas. Tal Lei
dispunha, em especial, sobre a política nacional de petróleo, as atribuições do
Conselho Nacional do Petróleo e a criação da Petrobras.
A longo de sua existência, a
Petrobrás teve os seguintes presidentes:
Nota: datas indicadas em mês e ano, baseadas em pesquisas de internet.
Com respeito ao quadro anterior, são pontos de atenção:
1) A
Petrobras existe há mais 65 anos e, neste período, teve 44 presidentes
executivos. O governo da Petrobrás foi, portanto, caracterizado por várias trocas de seu principal dirigente executivo, ora em função das
mudanças de governo federal, ora devido a condições políticas específicas de
cada governo.
2) Entre
os 43 presidentes executivos, excluído o governo Bolsonaro, em curso, 14
(31,8%) ficaram no cargo por período igual ou superior a 2 anos. O tempo médio
de duração de um presidente da Companhia em seu cargo foi de 1,5 ano.
3) Em
19 mudanças de governo ocorridas desde a criação da Companhia, o presidente
executivo da Petrobras foi mantido em seis (31,6%).
4) Os cinco presidentes mais longevos
foram:
Os dois presidentes que mais tempo
permaneceram em seus cargos, Sérgio Gabrielli e Joel Rennó, foram mantidos após
a mudança do presidente da República. O primeiro ingressou no governo Lula da
Silva em maio de 2005 e foi mantido pelo governo Dilma Roussef até fevereiro de
2012. O segundo ingressou no governo Itamar Franco em novembro de 1992 e foi
mantido pelo governo Fernando Henrique Cardoso até março de 1999.
5) Entre
os 44 presidentes executivos, 18 (40,9%) tiveram carreira militar. Destaca-se a
presença expressiva de profissionais egressos da carreira militar no comando
executivo da Petrobras nos primeiros 34 anos de sua história, até o final do
governo João Figueiredo. Com a democratização do País ocorrida em 1988, os
presidentes passaram a ser civis, com variadas formações técnicas e
experiências profissionais. A escolha do atual presidente da Petrobras pelo
presidente Jair Bolsonaro, egresso da carreira militar, foi pelo
economista Roberto Castello Branco, indicado ao cargo pelo ministro da economia
Paulo Guedes.
A Lei 9.478/1997 (6/8/1997), criada
no governo Fernando Henrique Cardoso, durante a gestão Joel Mendes Rennó,
revogou a Lei 2004/1953, do governo Getúlio Vargas, criando um ponto de mutação no setor de energia, ao
quebrar o monopólio até então detido pela Petrobras em toda a cadeia de
produção de combustíveis. Criou, ainda, a Agência Nacional de Petróleo (ANP). O novo contexto necessariamente
impactou as estratégias da Petrobras para lidar com novos desafios.
Fontes: várias páginas na internet.