sexta-feira, 24 de maio de 2019

Pesquisa aponta record de turnover de CEO's em 2018


Uma pesquisa da empresa Strategy&, da PwC, realizada para o ano de 2018, identificou que o turnover de presidentes (CEO's) entre as 2.500 maiores empresas do mundo alcançou o recorde de 17,5% no ano passado, número superior a 14,5% apurado para 2014.

Segundo a pesquisa, a taxa de turnover forçado de CEO's em 2018 foi de 20%. E pela primeira vez desde que a pesquisa vem sendo feita, a principal causa de demissão desses profissionais corresponde a questões éticas, não de performance empresarial.

A pesquisa também identificou que os CEO's que maiores retornos alcançam para suas empresas são aqueles com maior tempo de prestação de serviços à mesma. Tipicamente, eles são sucedidos por profissionais internos selecionados, mas estes, em boa medida, não apresentam bom desempenho, estando mais sujeitos a demissão.

Por fim, de acordo com a pesquisa da Strategy&, mulheres ocupando o cargo de CEO alcançaram o percentual de 4,9% em 2018, nível inferior aos 6% de 2017, mas substancialmente superior ao 1% de 2008.

Os dados anteriores indicam uma provável elevação dos quesitos éticos exigidos dos CEO's, que precisam entregar bons resultados, mas atentando mais às exigências do ambiente externo das organizações empresariais. As evidências indicam que os mercados de capitais e de consumidores, bem como as entidades regulamentadoras ora exigem mais dos presidentes da empresas.

Outro aspecto que desponta da pesquisa é que a transição de poder entre CEO's longevos em seus cargos e aqueles que o substituem. Como os novos presidentes são selecionados com base em critérios exigentes de sucessão, o problema de desempenho não advém de sua capacitação, mas do ajustamento ao novo cargo. Assim, cabe aos sócios proverem ao novo CEO bom nível de apoio, até a sua plena ambientação no novo status. Até porque, conforme aponta o livro Built to Last (Feitas para Durar), de Jim Collins e Jerry Porras, um dos fatores mais importantes de sucesso das empresas vencedoras é o aproveitamento de talentos internos

Com respeito à evolução das mulheres no cargo de CEO em grandes empresas mundialmente conhecidas, a velocidade média de aumento de sua participação é de estimados 0,4% ao ano, considerando como referência a evolução de 1% a 4,9% de 2008 a 2018 (10 anos). Se este for o ritmo de evolução em anos futuros, dentro de 113 anos chegar-se-á ao equilíbrio entre homens de mulheres nas presidências das grandes empresas. A menos que os mercados acelerem essa participação.

Fonte e leituras recomendadas:

Pesquisa Strategy&