A série Desigualdade Global do jornal Folha de São Paulo, no capítulo destinado
ao Brasil, aponta que do final de 2014 a junho de 2019, a renda per capita dos
10% mais ricos subiu 2,5%, e a do 1% mais rico, 10,1%, acima da inflação.
Quanto às respectivas rendas dos 50% mais pobres e dos 40% do meio – a classe
média –, estas caíram 17,1% e 4,2%.
A mesma série chama a atenção dos
leitores para o fato de que no Brasil, enquanto as pessoas mais ricas
expandiram sua renda de 2001 a 2015 e os 50% mais pobres também melhoraram sua
renda, a classe média – os 40% das pessoas “do meio” – perdeu participação nos
rendimentos totais, de 33,1% para 30,6%.
A série ainda aponta a forte
concentração de renda no topo da pirâmide social do Brasil. O País é,
atualmente, o país democrático com maior concentração de renda pelo 1% de
pessoas muito ricas. Quando se consideram países com regimes democráticos e
absolutistas, o Brasil fica em segundo lugar, atrás apenas do Quatar. A fonte
primária desta informação é o Relatório de Desigualdade Global da Escola de
Economia de Paris, citada na série Desigualdade Global da FSP.
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