Por determinação judicial, egressa
do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a Copasa suspendeu as obras da
nova captação de água do Rio Paraopeba, em Brumadinho. O desembargador Oliveira
Firmo, do Tribunal de Justiça, tornou inválida a liminar que autorizava a
Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copa) a entrar em propriedades
particulares para fazer obras.
A nova captação se tornou
necessária em função da contaminação do rio Paraopeba pela lama tóxica egressa
do rompimento da barragem de Brumadinho, ocorrido em 25 de janeiro deste ano.
No desastre, 254 pessoas que perderam suas vidas foram identificadas e outras 16
seguem desaparecidas. Estes números totalizam 270 vítimas. Além das vítimas
humanas, o desastre ambiental comprometeu a água do rio Paraopeba e a captação
existente de água no rio teve que ser descontinuada.
O novo sistema de captação,
que estava sendo construído 12 quilômetros acima da área atingida pela lama, é fundamental
para que a capital Belo Horizonte não tenha problemas de desabastecimento. De acordo
com o médico e ambientalista Apolo Heringer, a região metropolitana da Capital é
abastecida por dois sistemas, Rio das Velhas e Paraopeba.
O ambientalista Apolo
Heringuer também alerta que acima do Rio das Velhas, barragens de mineração nos
municípios de Ouro Preto, Itabirito, Rio Acima e Nova Lima apresentam problemas
e riscos de rompimento. Um rompimento pode tornar o Rio das Velhas inutilizado
para captação de água.
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